Luzias
Quem saiu de casa nesta segunda-feira(20) em Santa Luzia viu que a cidade está mais movimentada. Sem dúvida, houve um aumento na circulação de pessoas e de veículos. Mesmo com o empenho da Prefeitura, recomendando insistentemente que as pessoas fiquem em casa e, se tiverem que sair às ruas, devem usar obrigatoriamente a máscara de proteção contra o novo coronavírus, muita gente não deu ouvidos.
O número de casos suspeitos de contaminação com o novo coronavírus chegou a 813 na cidade. Como não ha testes para confirmar ou não a doença, apenas cinco casos receberam o diagnóstico de covid-19. O Hospital de São João de Deus teve parte de suas dependências aberta na semana passada para receber pacientes com a doença. São 50 leitos. Até agora, no entanto, nenhum deles está ocupado, como informou ao Luzias nesta segunda-feira um dos funcionários do hospital.
Festas e aglomerações no final de semana
Nesta segunda-feira, a parte mais movimentada da área central da cidade foi a mesma de sempre: a região dos bancos, na Avenida Nossa Senhora do Carmo. Como tem acontecido todos os dias, uma fila imensa e desorganizada formou-se em frente da Caixa Econômica. Quase todos usavam máscara, mas havia pessoas muito próximas umas das outras.
O Luzias recebeu várias queixas, ao longo do final de semana, de festas, com muitos participantes, em sítios, principalmente. Uma moradora do bairro Bonanza escreveu dizendo que o fim de semana estava sendo “infernal” com a algazarra das pessoas nas imediações. “Os sítios estão lotados. Música alta e todo mundo festejando não sei o quê”, afirmou ela, que segue em estrito isolamento. Por isso não entende esse relaxamento das normas de segurança. “O que mais choca”, diz ela,”é o perfil desse pessoal. Gente que sentirá na própria pele, de imediato, o desemprego, e todas as outras dificuldades trazidas pela pandemia.”
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Uma grande rede de solidariedade
Se o descuido de alguns irrita, e até revolta, é imensamente gratificante ver a rede de solidariedade que se formou em Santa Luzia para ajudar pessoas e famílias sem recursos financeiros a atravessar a pandemia.
Há muita gente confeccionando máscaras para doar. Outras pessoas estão produzindo para vender, mas a um preço bem razoável: entre 3 e 5 reais.
Uma das iniciativas mais louváveis é da campanha “Ser Solidário na Quarentena”. O projeto começou a partir da inquietação da vereadora Suzane (e de seus funcionários) de como dar resposta à necessidade de comida de tanta gente com trabalho informal, que ganha num dia pra comer e paga as contas no outro. O primeiro passo para dar força ao movimento foi convidar instituições como a Paróquia Santíssima Trindade, a Creche Sra da Paz, do bairro Cristina, a Comunidade Kolping do São Benedito e a Casa de Cultura Lode Apara, do Duquesa.
A ideia do movimento é ter pontos de coleta onde as pessoas possam doar alimentos não perecíveis ou produtos de limpeza. “Nossos motoristas voluntários buscam estas doações e uma equipe higieniza e embala”, explica Elza Silva, da Frimisa, uma das mais atuantes no trabalho.
A campanha está veiculando esta mensagem: “Peça itens à sua família e amigos e monte uma pequena cesta de alimentos ou de higiene pessoal e para limpeza da casa. Faça contato que buscamos na sua casa!” Veja o telefone acima.
Outra entidade luziense que merece menção pelo louvável trabalho social que realiza é a ONG “Solidariedade Todos Juntos. Sempre”. A Ong, dirigida pela incansável advogada Rosa Werneck, também está recebendo doações de cestas básicas, que entrega às famílias necessitadas.
Se puder, dê sua contribuição para que esses trabalhos de assistência a quem realmente precisa sejam levados adiante. Santa Luzia tem um número imenso de famílias carentes, sofrendo ainda mais nesses tempos de pandemia.
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