Trabalhadores do setor cultural reclamam que a Prefeitura não repassa verbas

Trabalhadores do setor cultural reclamam que a Prefeitura não repassa verbas
Teatro Municipal Antônio Roberto de Almeida tão pouco usado para eventos culturais. Foto: Reprodução/Internet

Trabalhadores do setor cultural de Santa Luzia – músicos, atores, dançarinos, técnicos e outros – divulgaram Carta Aberta nesta terça-feira, 20 de agosto, pedindo maior agilidade à Prefeitura na liberação dos recursos federais da Lei Paulo Gustavo. Embora o dinheiro já esteja em caixa, segundo a carta, a Secretaria de Cultura simplesmente está retendo as verbas.

Luzias

“Senhores Secretários de Cultura e Turismo, Vereadores da Câmara Municipal, Excelentíssimo Prefeito e População de Santa Luzia

Nós, trabalhadores da Cultura de Santa Luzia, nos dirigimos a todos vocês, com grande preocupação e angústia, para levantar uma questão de extrema relevância para o futuro de nossa cidade: a morosidade nos processos ligados à Lei Paulo Gustavo (LPG) em nosso município.

Esse recurso, assegurado pelo Governo Federal, foi destinado às prefeituras para fomentar a cultura local, impulsionar projetos artísticos, e proporcionar o desenvolvimento social e econômico por meio da valorização de nossa identidade cultural. Porém, em Santa Luzia, essa verba já está nos cofres da prefeitura há bastante tempo e, por falta de vontade, prioridade, visão e até cuidado, até hoje não chegou às mãos daqueles que mais precisam e para quem ela realmente foi destinada: os trabalhadores da cultura.

A Lei Paulo Gustavo não é apenas uma política pública; é uma oportunidade para a cidade de Santa Luzia se destacar e proporcionar um ambiente mais fértil para o desenvolvimento cultural.

A cultura é um poderoso multiplicador econômico, gerando emprego, renda e dinamizando diversos setores da sociedade. O recurso que hoje está parado tem um potencial transformador para nossa cidade, mas essa demora ameaça seriamente a concretização dos projetos inscritos.

Estamos correndo o risco real de ver essa verba, que poderia transformar vidas, ter que ser devolvida sem uso, devido aos prazos que a Prefeitura de Santa Luzia tem praticado, tornando inviável a execução dos projetos.

Isso é inadmissível. Estamos falando de recursos que não apenas fortalecem a cultura, mas que também são essenciais para a sobrevivência de muitos que dependem da arte, da música, do teatro, e de todas as formas de expressão cultural para sustentar suas famílias.

Por isso, fazemos um clamor a todos os responsáveis: é urgente que se tomem as providências necessárias para que esses recursos sejam liberados o mais rápido possível. É preciso que a cultura seja tratada como prioridade, com a seriedade e o respeito que ela merece.

Não estamos falando apenas de burocracia ou de simples cumprimento de prazos; estamos falando de vidas, de sonhos e de toda uma cidade que tem na cultura uma das suas maiores riquezas, porém que sempre é colocada em segundo plano.

Pedimos, com a urgência que a situação exige, que olhem para a cultura com a importância que ela tem para Santa Luzia.

Atenciosamente, Trabalhadores da Cultura de Santa Luzia,

Santa Luzia, 20 de agosto de 2024”

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